Claudio Nicoletti de Fraga Photo - © JBRJ

Notas sobre Victoria amazonica (Poepp.) J.E. Sowerby
No Jardim Botânico do Rio de Janeiro
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Por Bruno Rezende Silva*, Yara Britto* & Luisa Maria Rocha**
Imagens © Claudio Nicoletti de Fraga & Jardim Botânico do Rio de Janeiro
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*: Curadoria de Coleções Vivas; **: Laboratório de Museologia; Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
Rua Jardim Botânico, 1008, Rio de Janeiro, RJ, Brazil, CEP 22460-000


© Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Com suas folhas imensas, semelhantes a bandejas flutuantes, a Vitória tem sido admirada por seu esplendor pelos visitantes que se deparam com o lago Frei Leandro, em forma de e no coração do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Nossos habitantes indígenas tem lendas para explicar a origem da Vitória. De acordo com uma delas, uma menina cabocla iludida pelo amor queria tocar Laci - a lua - para se tornar uma estrela e saciar sua paixão. Vendo a Lua refletida na superfície de um lago, a jovem mergulhou, pensando poder alcançá-la, e se afogou. Tocada pelo destino da bela cabocla, Laci a transformou em uma estrela da água: A Vitória.

Os primeiros espécimes a florescer no Jardim Botânico nasceram de sementes trazidas do Mato Grosso pelo botânico Frederico Carlos Hoehne, por volta de 1910. Tentativas anteriores de introdução foram realizadas por Barbosa Rodrigues, porém sem muito sucesso (Cruls, 1944).

Uma observação interessante que demonstra a possibilidade de encontrar-se plantas mais viçosas em cultivo do que na natureza pode ser encontrada em um relato de Cruls (1945): "Havia três ou quatro folhas de vitória-régia flutuando na água.... São mofinas e longe de se assemelharem às cultivadas no Rio de Janeiro, explodindo em flores magníficas".

Espécimes adicionais foram doados em 2000 pelo Museu Goeldi no Pará e são agora cultivados juntamente com os descendentes da introdução original que germinaram após a restauração do lago Frei Leandro, neste mesmo ano, incrementando a diversidade genética de nossos espécimes.

Bibliografia:

G. Cruls, Hiléia Amazônica. São Paulo. Editora Nacional. 1944. pg. 34.
G. Cruls, A Amazônia que eu vi. São Paulo. Editora Nacional. 1945. pg. 11.
 


© Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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